Este documento é voltado aos administradores e equipes de suporte de operações baseadas em produtos SIPPulse. DEve ser utilizado em conjunto com os respectivos manuais dos produtos contratados, o GUIA DE SERVIÇOS e o GUIA DE INFRAESTRUTURA.
A operação de telefonia, pública ou privada, segue sendo um importante instrumento de apoio a negócios e à nossa vida pessoal. O advento da tecnologia NGN, integrando à operação de telefonia às redes de dados IP, trouxe às operações de telefonia uma série de novos recursos, além de permitir a convergência de redes e redução de custos, elevando o potencial de serviços que podem ser oferecidos aos usuários, a um custo comparavelmente reduzido, tanto em investimentos quando em custos operacionais.
No entanto, a mudança do modelo de operação física de telefonia, agora operando sobre uma rede dados IP, passou a demandar o mesmo nível de atenção, além de agregar competências específicas requeridas para manter a capacidade operacional e qualidade de serviços de telefonia, da operação de redes de dados. Sob alguns aspectos, a demanda por qualidade e consistências da operação da infraestrutura de rede é ainda mais crítica, uma vez que problemas são mais facilmente percebidos pelos usuários.
De modo geral, uma rede de telefonia IP (serviços VoIP) requer diversos elementos para sua operação, muitos deles fora do controle gerencial de uma operadora. Por este motivo a IETF definiu uma série de padrões a serem seguidos para a operação de telefonia IP, em especial nos serviços de sinalização. Estes padrões têm por objetivo definir as regras de interoperabilidade e o funcionamento padronizado de operações que envolvam diversos elementos e mesmo operadoras.
A SIPPulse segue estritamente os padrões definidos pela IETF. Alguns produtos desenvolvidos pela SIPPulse não são afetados pelos padrões definidos (por exemplo tarifação de bilhetes, soluções antifraude, portabilidade numérica, etc). Nestes casos, a SIPPUlse desenvolveu um conjunto de regras devidamente documentados que servirão de padrão para identificação de problemas operacionais enfrentados por nossos clientes. Para serviços de telefonia públicaa SIPPulse segue os padrões e regras definidos pela ANATELVimos que a telefonia NGN baseada em SIP e mesmo mecanismos afins, requer para sua operação uma estrutura de dados e componentes estáveis e leves. Por este motivo a maioria dos sistemas trabalha sobre protocolo de rede UDP. Por ser mais leve, este protocolo facilita a criação de redes de altíssima capacidade, porém trazem a necessidade de implantar-se na camada de SW (SIP) os mecanismos de confirmação de entrega de sinalização.
Estes mecanismos, definidos pela IETF, garantem a correta troca de mensagens de forma correta entre dois ou mais elementos envolvidos no estabelecimento de uma sessão de comunicação.
No entanto veremos que a qualidade da rede de dados utilizada, de alguns componentes ativos e passivos (tanto quanto sua capacidade quanto na sua observação às normas da IETF) e ainda a qualidade de tráfego tratada na rede de uma operadoras, poderá trazer impactos negativos em sua operação. Esta seção tem por objetivo apontar os principais problemas enfrentados na operação, suas consequências, mecanismos de mitigação e formas de analise de problemas.
Operação B2B vs Proxy
Há dois modelos básicos para a arquitetura dos sistemas softswitch de telefonia NGS. O Modelos B2BUA e o Modelo Proxy.
Arquitetura B2B
No primeiro modelo, o softswicth faz a conversão da troca de mensagens entre origem e destino. Isto é, tomando como base a figura abaixo, onde a origem a busca estabelecer comunicação com o destino B, o elemento softswitch fará a troca de sinalização, encaminhada por cada parte, gerando um novo conjunto que será enviado à outra parte.
Enquanto este processo tende a reduzir, mas não eliminar, problemas de sinalização, como erros, perda de trechos da sinalização e outros, o sistema tem significativa perda de desempenho considerando que para cada chamada terá que processar duas vezes a sinalização.
Os sistemas baseados na arquitetura B2B tipicamente incluem também a passagem da midia pelo softswitch central, o que consome recursos de banda e de processamento.
Consequentemente, por ter capacidade de processamento limitada, ao experimentar aumento da demanda o sistema adota comportamento instável, podendo se tornar um dos agentes causadores de problemas de sinalização.
Arquitetura B2B
Já na arquitetura Proxy, o softswitch repassa toda a sinalização recebida de um lado, para o outro encaminhar fazendo apenas o tratamento de roteamento e coleta de dados para bilhetagem e tarifação.
Neste modelo, é imprescindível que a sinalização tratada esteja correto e não haja perdas de comunicação ou de qualidade da rede.
Por características, o modelo proxy suporta volume consideravelmente maior de transações e reduz significativamente a demanda de banda rede (ao não exigir o tratamento centralizado da midia.
Este modelo no entanto exige gestão mais apura da infraestrutura e ações tempestivas para correção de falhas (evitando sua propagação). Ainda assim este modelo é economicamente mais eficaz e eficiente e quando bem monitorado, mais estável na qualidade de serviços. Características operacionais da arquitetura B2B podem ser incorporadas na operação Proxy. Ao passo que o inverso não é verdadeiro.